sexta-feira, 18 de abril de 2008


muito alem do muro.


não quero chegar a ser comparado a um milhão de pessoas
não quero sentar no telhado e olhar o luar esmaecer
diante dos meus olhos só desejo luz, só desejo ser
mais que uma lembrança perdida, mais que uma lembrança boa

vejo passar os rostos dos anos perdidos em vão
sombras mortas nas frestas do quarto no escuro
amigos que guardava em cantos abertos acima do muro
passam agora por mim, e se eles foram alguem, hoje não são.

era doce o sabor do vinho, e tomavamos na melhor taça
euforia descia a garganta era alivio e dor, mas passa.
agora passo pelos campos e ouço no vento os gritos de agonia.

não restou mais niguem. os nossos se foram a esmo.
nem mesmo eu restei, já não sou mais o mesmo.
E quando esvaziamos o copo soubemos: não existe mais alegria.

2 comentários:

Anônimo disse...

É teu? Gostei. Isso dá música, heim! hehehe

E digo que...

"Foram-se os dias em que tudo tinha explicação / Quando sabíamos quem éramos, e quem devia ter nossa atenção. / Tudo era tão simples, talvez por falta do que fazer / Sorríamos para desconhecidos. Dançávamos para o amanhecer."

Saudades, velho amigo.

Associação dos Moradores da Praça Nações Unidas e Arredores - Bairro Petrópolis - POA - RS disse...

Maninho, vc é um cabeção.
Olha que dá música mesmo.
Saudades frater aquariano.
Bjs

Mana