Flertando com a vida

Olho nos olhos do mundo,

Mudo.

Sorrio de leve com o canto da boca.

Sinto o perfume suave do crepusculo rosado.
Passo meus dedos pelas nuvens, pela lua.
Sinto o veludo macio do canto em sol da estrela Dalva.
Tomo café bem forte.
Me embebedo pelos bares.
Tomo malva.
E acabo trocando os males pelos fortes.

Morro nas calçadas da vida.
Me atiro pelos cantos
Acho a resposta perdida
Suas caricias, seus encantos...

Desliso por suas curvas definidas.
De garota rebelde e formosa.
E fico flertando com a vida.
Enquanto passo pelas ruas.

Eu a possuo sempre que tenho,
Alguma garota nua.
Eu a encontro sempre que venho,
A perder a comportura.

Mas são essas garotas e a vida,
E todos as coisas mais mais...
Que me fazem procurar a saida,
Por onde sempre jamais!

Vou cantando o espaço!
E a vida mesmo assim.
Vou cantando as pessoas,
Os muros,
Os bares,
Os amores
Vou cantando pra mim!