E DERREPENTE EU ACORDEI

Isso vem de longe...

E DERREPENTE EU ACORDEI...
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É isso,
derrepente vem de cima um tranco fote que me junta junto ao chão.
Derrepende a inconciencia se desprende,
e conciente não se sabe se está acordado ou não.

E o lugar que que me aparece,
por mais infame que parece,
e ainda me parece, a pezar de minha prece;
desolador e em solidão.

Estou cansado mas disposto,
muito tempo em meu posto,
Depois de tanto alvoroço,
Retornei de volta ao chão.

O que me aguarda e o que me resta,
é essa obscura floresta,
que muitas vezes explorei.

é assim que tem que ser,
não sei se vou saber,
eu escolho ainda ser,
apesar de meu não ser,
ainda sou o que restou.

E no final de tu isso,
a carne é o meu juizo,
e em um corpo denso e liso,
espiarei a minha dor.

E um dia, ai um,
dia vim ainda assim a valorizar o amor...
Mas quem me dera, ou me dissera,
que de tudo isto que me espera,
que fui eu o proprio autor?!

Mas meu arbitrio verdadeiro,
em seu plano bem pensado,
Antes mesmo de nascido,
já estava esquematizado,
o meu proprio impecilio.

Mas agora eu ja sei!
Foi num estante: Acordei!
Percebi no universo,
No seu canto, seu preotesto,
Uma certa parte de mim.

Agora enxergo,
que sou cego.
Mas que escolhi assim!

Que sou homem,
e com poderes,
e muitos dependem de mim.

E o meu dever é aprender.
Mesmo que tenha que sofrer.
Terá de ser assim.

Este caminho, eu escolhi.
E pelo visto, mesmo dormindo...
Eu ainda estou aqui!

quinta-feira, 10 de novembro de 2005