Pra quem dizia que o amor não existe
Como pode algo que não existe insistir tanto?
Se a existência do amor é algo incerto
Em mim insiste em se manter concreto
Pois, como pode o inexistente causar pranto?
Como posso contigo me sentir completo?
Pois já sou todo eu e mais um tanto
É que sem ti vai-se da vida o encanto
Então será que está o amor correto?
Em devaneios anseio o teu calor
Mas como podem os sonhos causar dor?
Ainda sendo este amor que não existe.
Vivo feliz se em teu seio for
Pois morro todo dia de horror
Porque o inexistente ainda insiste.