terça-feira, 15 de junho de 2010

Finito Jardim

Sempre inadequado e inexoravel
É o momento que me leva ao torpor
Ainda voa na memoria o perfume inodor
Foi-se o jardim em morte inevitavel

Das flores do jardim que eu plantei
Com mãos de terra, da raiz de meu empasse
Fica no ar o cheiro, de antes que murchasse
As ainda brancas margaridas que lhe dei

Sempre soube, tudo muda alguma hora
Mesmo a olhar meu jardim em plena aurora
Aguardava um sopro de cortante dó

Eu sabia que o que vem da terra hora procede
Que a materia viva, em momento apodrece
E que margaridas hora ou outra viram pó


Essa foi direto de 1/8/07

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