as vezes não lembro o que já vivi
O que não significa que eu não acumule com as experiências
Pois a memória é a gaveta das aparências
No armário do tempo em que estive ali.
Acho que o que pesa são os papéis dentro dos bolsos
Que esquecemos nos casacos já guardados
O cheiro de cigarro na camisa usada em dias passados
O perfume na blusa que faz lembrar os rostos
A mim não importa tanto o que guardo na gaveta
Pois dobrei com tanto cuidado, que esqueço, e pego a camiseta
fedendo a cigarro e saio amarrotado
Pois no meu armário do tempo guardo as roupas com que sorri
Os casacos com que nos dias frios eu sofri
E as aparências eu esqueço nas gavetas do passado
13/10/09
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