quinta-feira, 18 de junho de 2009

o mundo é quente e cada dia mais
me sinto frio e o vento me desqualifica
bate-me a fronte gritando. me pedrifica
sinto que cada dia somos menos iguais

Cato os destroços dos erros passados
nos lixões perdidos desta terra arrasada
mendigo carinho onde só doam risadas
e monto sonhos com meus achados largados

Aqueles que despresaram o ido no centro se desmontam
Quando me mostro, terriveis, esticam a mão e apontam
berrando assombrados pelo meu desvio de conduta.

Sigo frio em um mundo quente, entenda
disfarsando a minha tentativa pura e lenta
de manter-me lapidando a pedra bruta


Um comentário:

Ana Zatt disse...

Que coisa linda!
Uma preciosidade
Tu e este poema.