terça-feira, 27 de maio de 2008

Façamos a morte.

Façamos a morte.

qual o conceito da morte?
por que o medo? até onde quer ir?
qual o conselho da morte?
você está atento, será que pode ouvir?

longe na floresta o som existe?
será que há por que ninguem mais pode ouvi-lo?
se tu não vê apenas desiste?
ou continua no caminho a persegui-lo?

não há mais pecados só mudanças!
a morte é pura força de expressão.
é uma piada louca da da vida,
aquela mesma que sempre finge razão.

qual seu conceito de norte?
qual seu conceito de forte?
qual é sua meta?
qual é sua missão?

e o conselho? será que pode ouvi-lo?

ou vai ficar esperando surgir a solução?

é da vida já passada que brotam as mortes novas.
é das mortes já matadas que surgem as vidas solidas.

-e o que é isso?

-é o vento!
desmanchando as vidas no ar!

e a sua vida já é morte?
quanto mais há pra esperar?

a razão é fruto da duvida.
pois mais se sabe o que não.
e a vida é fruto da morte.
e do problema a solução.

para que nasça a cecoia
é preciso morrer o arbusto
para enraizar fundo a acacia
tem de haver do solo um custo.

tudo há pois já houve.
e então deixou de ser.
para que o tempo mude.
e o novo possa vir.
é preciso haver o velho.
e que deixe de existir!

e a morte? te escolhe?
ou você que não escolheu?
será sorte? será um molde?
ou o destino é seu?

e o sussurro?
é o vento!
que vem aconselhar.
é a morte abstrata.
desmancha sua vida no ar!

então sentamos e esperamos.
todo o tempo passar.
e vem mortes, e vem vidas
chegadas longas,
curtas despedidas
e damos "tchau".
dizemos "olá".
e cremos no que não há

não temos controle da vida.
só da mote.
e isso é o que resta.

então escutemos no vento,
o conselho.

abra os olhos e mata o que não presta!

aprendamos a viver então.
que aprendamos então a morrer.
é bom entender a partida.
pois é entendendo a morte.
que entendemos a vida.

escutemos o conselho.
pois ele sopra no ar.
esse estado, é temporario.
o que é solido tende a desmanchar.

então façamos o novo.
pois a morte é realidade.
e quando formos um só povo.
viveremos de verdade.

gabriel zatt...

2 comentários:

Gabriel Zatt disse...

Longo demais para você ler.
Curto demais para você comentar...

As vezes o calado vence, e outras concente.

Vai entender os ditados.


Mais vale um passaro na mão do que bois voando...

Ana Zatt disse...

este é o meu preferido!
sonoro, abstrato, profundo
maduro
valeu!