sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Postagem #1

Novos tempos, novos ares... E por que não deixar que os outros saibam um pouco mais de mim? Se você já está aqui mesmo, uma intenção dessas deve ter.... Um poema pra mexer esse lance aqui:


Reflexão de meio-dia.

Num céu de quase tarde, ainda
tenho à boca o gosto do café.
Ao percorrer o tempo, um pouco ainda sem fé.
Sei que o futuro anceia minha vinda.

De outras nuvens que já se dissiparam.
De noites e passados que viví.
Onde moram todas as delícias que já ouvi.
E também todos os males que já me atormentaram.

Mas decerto hoje sou o resultado destes horizontes.
Sou hoje outro céu, que não tinha sido antes.
Mas ainda sinto o passado; cicatriz que pouco arde.

Com todas as nuvens que o vento possa ter levado
olho acima e me busco, nesse infinito azulado.
Entre todas as nuvens, sou um eterno fim de tarde.

Agora, pense o que quiser... Eu só escrevo soneto... Câmbio desligo.

Um comentário:

Ana Zatt disse...

bah, esse então...
apesar do Quintana, acho que tua influência mesmo é o Fernando Pessoa
na temática e na sonoridade.
Se leres com calma Pessoa e os heterônimos verás o que digo.
Isso está muito bom!
É um dos que eu adoro também