Não sei nadar
escorrem pelas beiras do oceano as palavras
são peças desencaixadas do engano
que se mantem livre pelos anos
que passam alem das praias desertas.
deixe-me então.
presiso ser quem eu quero.
ao menos agora.
se não der mais não há.
então poderei deixar de ser o que não fui.
e continuar sendo só que virá.
e quando o mar tocar a praia saberá
que não foi a proa leve da aurora
que flutuou sobre o escrito
foi só mais um dia inspirador
avisando que o tempo é recolhido.
deixe-me então.
não há mais ser.
é só o vazio que abarca.
e viaja constante pela praia.
para não deixar-me ver
o que está.
então é tarde, e o tempo fecha.
e envolto em tempestate o barco vira.
e o arqueiro estica sua mão
e enquanto o barco gira
ele avisa o barqueiro
que o tempo é sua flecha
e que me mira o coração.
...continuo a não saber nadar.
Um comentário:
Ahhh que saudade eu tava de ler o que tens a dizer...
Postar um comentário